Olá Ramón,
Em primeiro lugar, parabéns pela publicação. A argumentação está clara e aponta pontos essenciais na defesa do software livre. Escrevi uma defesa sobre o uso do software livre na educação há algum tempo. Quem se interessar pela leitura, está aqui [1].
Infelizmente esse problema não é só aí na Espanha. Aqui no Brasil também temos iniciativas pontuais de uso de software proprietário em projetos educacionais e de inclusão digital, usando, muitas vezes, argumentos ridículos como “é o software que a maioria usa” (como se uma pessoa que aprendesse a usar, por exemplo, um editor de textos livre não fosse capaz de trabalhar com um proprietário).
Na verdade, o que eu percebo, tanto aí quanto aqui, é que os governantes fazem o caminho inverso. Primeiro se preocupam com a aquisição da tecnologia e, só depois, com a forma como ela será utilizada. Esquecem-se que o conteúdo é a coisa mais importante na escola e não a máquina que está em volta dele. De que adiantam equipamentos modernos se não sabemos como utilizá-los de forma pedagógica? É o que eu chamo de “inclusão digital capitalista”, que considera que o mais importante é o “ter” (o equipamento) e não o “saber” (como utilizá-lo). Com isso, perde a educação e, principalmente, perde a sociedade.
Mas, como você bem disso, não é hora de recuarmos, mas sim de avançarmos na luta pelo reconhecimento da importância do software livre na educação. Em bom espanhol, “adelante”! 🙂
Um grande abraço e até mais.
Frederico